24 de novembro de 2009

Gigante-Formiga

Meu braço doía..doía muito.
E também meu coração e meu pulmão..a leveza com que eu vinha vindo, desaparecera como um vapor, muito volátil mas que trazia ao meu corpo um peso.
Eu continuava não sabendo o por quê do meu braço doer tanto
e descobri que ele carregava muitos sonhos, sonhos pesados de gigante, e que também fazia muita força pros sonhos de formiga não escorregarem por nenhum buraquinho.
Trazia no braço também muitas esperanças em blocos de tijolos; que ao soltar o braço, se quebraram todos no chão e foram levados pela chuva...talvez eu nunca mais os veja.
Talvez eu possa reconhecer seus contornos nas nuvens.
E ao mesmo tempo que esse peso foi embora, um maior ficou: o de não tê-los. Eu era tão feliz carregando todo esse conteúdo volátil que me fazia flutuar. E agora ele realmente escapou e as minhas pernas também doem, depois de tanto tempo, coloquei-as no chão.
E o meu coração dói, cansado de se abrir pra sonhos de gigante-formiga.

2 comentários:

disse...

Esses dias eu andei pensando sobre meus sonhos também. E cheguei a escrever alguma coisa que ainda vou melhorar, mas....Só queria dizer que eu gosto muito quando rolam essas "telepatias".

Sabe.... Talvez tudo esteja em simplesmente mudar a direção de alguma coisa. [que ainda também não sei...]

Ai... que pesou também o meu coração.

Te adoro, nena

Unknown disse...

Nena...
não gostei de ler isso com o que vc me falou que foi o start para escrever isso...
Estou me sentindo mal, e talvez até pensando que não deveria ter-lo feito...
Beijos apreensivos

RR