Quantas pessoas o tempo já levou de mim
e meu coração não aprende a se fechar
quanto tempo, já levaram da minha alma,
as pessoas de coração fechado.
Eu sou apressada demais
ou o tempo do mundo, descompassado.
e as vezes que me alegrei
foi com medo de você partir
um novo de novo partindo
um coração de novo acabado
um pedaço de muro fechado
um muro de concreto bem alto
eu sou tão poroso quanto um giz.
o efêmero eu aprendi
depois que perdeu o sentido
dos meus sentidos infinitos
como um tormento
ou como uma paisagem
é o furacão destruidor
de extensão inalcançável
a tristeza indiferente
de quem começa tudo de novo
e o novo de novo
inclusive com o passado
é o inconstante constante
do meu tempo dilapidado.
é tão violento e rápido, quanto facilmente esquecido
são as armas do coração cansado
de tantos murros repetidos.
a celebração fúnebre do meu ritual de morte
para voltar a amar
e esquecer que aprendi, que o sofrimento,
as vezes
não vale a pena
dividir.
21 de junho de 2016
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