as areias secas da sua praia cheia
Vi peixes mortos
esturricados no chão
Com a pele seca e a boca aberta
como se pedissem socorro
Vi peixes e peixes, cadáveres
escamados e ressacados
Desesperados
Vi a esperança nos seus olhos apertados
A carniça marinha jogada nas suas praias abundantes
Pisava e pisava esmagando aquelas folhas branquiais
E os olhos desesperados me esperando
Eu que temi tanto, andei e andei nas praias secas
agora húmidas pelo meu pranto...
E mergulhei infinitamente