30 de setembro de 2012

Os Restos


Engole o teu choro,
que o desleal não merece
e o fingidor depois esquece
da dor que te faz sangrar.

Amarra teu amor,
que homem mais amado não há
e o calor do seu corpo não esquenta
o frio que a solidão vem trazendo
nas noites em que ele não está.

Tira da mente as fantasias.
Que no espelho, vejo todas as mentiras.
Escorrendo pelos meus olhos.

E no fim do dia...
O seu cheiro em um pedaço de roupa amassado
É o perfume do passado.
Junto com seus defeitos,
jeitos e manias.

Na minha cabeça um turbilhão de máquinas
e pensamentos...
E neste papel, alguns dos sentimentos
que restaram nas minhas mãos...

O meu amor é masoquista. Violento, vivo, inteiro.