19 de abril de 2016

O que sobrou do agora.

Como um tiro no escuro
eu me tornei muro

de lamentações.

E no breu total
me atirei no grito - ensurdecedor
das paixões.

Como um morcego aflito
só me encontro tranquilo

de cabeça para baixo.

E no fim de tudo,
os restos do mundo
do meu coração-maquinário.

Mas ainda assim

me prefiro perdido...

do que paralítico-estático.