19 de abril de 2016

O que sobrou do agora.

Como um tiro no escuro
eu me tornei muro

de lamentações.

E no breu total
me atirei no grito - ensurdecedor
das paixões.

Como um morcego aflito
só me encontro tranquilo

de cabeça para baixo.

E no fim de tudo,
os restos do mundo
do meu coração-maquinário.

Mas ainda assim

me prefiro perdido...

do que paralítico-estático.

4 comentários:

Unknown disse...

Assim como as Canções eu acredito que as Poesias já estão todas prontas em algum lugar, só esperando que o alguém saiba onde buscar e traga aquela poesia a tona. Você faz isso muito bem.
Parabéns!!! Que bom que voltou a escrever por aqui.

Unknown disse...

Passei um pouco por aqui! gostei do que vi! Alma boa é alma vivida, alma sofrida e alma guerreira.

Liga não que logo volta a voar viu!

=*

Um montinho de cansaço disse...

Obrigada por voltar, Patty.
Seu blog traduz em palavras tudo o que não sou capaz de falar.

Espero que não me deixe a deriva novamente, certo?

Abraços da kamila.

Unknown disse...

Patty, não consigo nem explicar o quanto me enxerguei nas suas palavras.

Aos poucos estamos vendo que temos muito o que conversar, né? Ainda bem.

Grande beijo.