11 de março de 2011

Ânsia

Os meus olhos estão tristes

Vejo tanto e nada me agrada

...falta

Vejo nada e tudo me falta...de qualquer forma tudo me falta, sempre

é tão ralo e transparente

Como afogar nas cores a minha dor e o meu desespero de sempre

querer mais

sozinha


Que se caiam os meus olhos após lavados pelo sal

é tão triste e tão lento

Suicidamente ridículo, sem a menor arte

Os olhos não mentem e por um segundo precedem atentos

A morte

e sentem...como a cabeça vazia, uma caixinha vazia

a cabeça é vida

Agora vazia


Implodida

...sem ar

A pressão do ar está menor que a das cores

Vazio é bom pois está a espera de algo que o preencha....

nem sempre....


Nem sempre é preenchido


A humanidade está toda viva-morta

E na sua singular assassina rotação

Onde eu já não possuo mais orbita regrada

nem vontade de nada.


Amputa minha dor de espera

ânsia

Exorta meu coração dessa caixa vazia

Desesperansia.


E que toda essa pequeneza que me corrói, viva, pois

algo...pelo menos algo tem que estar vivo dentro disso aqui

Enquanto o que me servir de inspiração for a dor e falta de amor

Que tudo caia que nada mais me importa.



2 comentários:

Guiga disse...

As palavras são belas mesmo indicando tristeza e solidão mas se vc exterioriza em palavras exteriorize a beleza q existe dentro de vc e mostre como é bela a poesia e a poetisa .bj

Guiga disse...

As palavras são belas mesmo indicando tristeza e solidão mas se vc exterioriza em palavras exteriorize a beleza q existe dentro de vc e mostre como é bela a poesia e a poetisa .bj