Eu comi os restos.
Tomei banho na chuva.
Eu apaguei a lua,
matei tudo que me fazia ser igual.
Eu travei quando meus ouvidos estouraram
Com as palavras cortadas
Que me cortaram
Eu sangrei e gostei
Da eletricidade paralitica que correu no meu corpo
Eu sou o puro, incerto
O devaneio concreto
E assustador
Sou nua de vicio
E me rasga em suplício
A carne exposta da dívida a mim mesma
Por uma resposta vestida.
Vespa social
É a carne crua da rua
O tiro, a bala e a arma
O suor da pele, pingando em fumaça
é a traça, o bicho, o lixo, o nada.